Essa busca encontra e relaciona referências na natureza e no ambiente para a sua cura pela regulação da energia vital que, na estrutura humana, reflete saúde e bem-estar físico, mental e espiritual.
Ao contrário da Medicina Ocidental, a Medicina Chinesa é uma ciência fundada sobre a experiência empírica acumulada e divide os medicamentos de acordo com as suas propriedades e ações.
Os efeitos farmacológicos das combinações herbárias sobre o organismo são complexos. Definem-se, segundo as suas propriedades térmicas: quentes, mornas, frescas e frias, podendo ainda falar-se de uma quinta propriedade, a neutra. Ainda são classificadas de acordo com os cinco sabores: azedo (ácido), amargo, doce, picante e salgado. Também segundo as quatro direções: ascendente, descendente, circulante (flutuante) e submersão.
Para se definir, perante cada paciente, considera-se a variação na constituição corpórea, a circulação do QI (energia), sangue e meridianos, assim como as manifestações externas da doença.
As ervas com a mesma classificação com frequência diferem nos seus efeitos terapêuticos. A Fitoterapia Chinesa pode mudar as características de uma droga processando ou formulando as ervas para ajustá-las às necessidades da doença.
As ervas cozidas numa solução salgada ou vinagre, por exemplo, torna-se descendente ou de submersão. Quando cozidas em vinho ou com gengibre as mesmas ervas tornam-se ascendentes e circulantes nas suas características.
Na Medicina Chinesa, a ação farmacológica da combinação de mais de duas ervas é chamada de “os sete efeitos das drogas”.
Após séculos de uso empírico de remédios herbários, os médicos chineses descobriram que os efeitos das ervas isoladas mudam de acordo com o ambiente herbário.
A fitoterapia chinesa, na sua complexidade, provou a sua eficiência no decorrer dos séculos, assim como na atualidade. Apresenta bons resultados em muitas enfermidades com vantagens acentuadas. São econômicas, seguras e sem efeitos colaterais.